terça-feira, 22 de março de 2011

Descompassos de um coração solitário



Meu coração descompassado e incompreendido bate forte no silêncio da noite.
Óh, coração! Por que tanto descompasso? Se o passo da tua dança se acalma ao adormecer...
Por que não dormistes hoje? Será desilusão, ou não podes aguentar tanta pressão?  
Seja forte, pois a canção que te acalenta, pode não tocar por esta noite... E mesmo que a afronte, a dolorosa solidão continuará dando seus passos mudos e frios pela madrugada, insistindo em te amedrontar. Pode ser que ela adormeça, mas cuidado. MUITO CUIDADO. Qualquer pensamento solto, mesmo que seja tão pequeno e sutil pode fazê-la despertar.
Meu coração descompassado e abandonado bate forte de desgosto. E mesmo estando sobre a luz do sol, ele se sente no oposto... Não consegue se proteger da escura solidão.
Óh, coração! Por que carregas tanta decepção? Serão apenas quebras de promessas, ou um carma?
Se para isso existe explicação, deve haver um antídoto para ti. E este antídoto mudará todo o caminho que percorreste na escuridão. Tu sabes que somente na paz, poderás enxergar outro coração, e mesmo que se sinta perdido, ele estará contigo, para juntos se tornarem um só...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Memories of my end

Era meia noite. A rua estava deserta. Ouço passos leves atrás de mim. Paro, e mesmo estando atormentada pelo medo, sinto que devo encarar a situação de frente. Não quero me virar, mas existe algo sobrenatural que me impulsiona a ser corajosa...
OLHO. Olho e não vejo nada, apenas um vulto se movendo muito rapidamente para longe.
Minha visão começa a ficar escura, e logo perco o foco da minha direção. Sento-me em um banquinho que estava próximo de mim, até meus sentidos voltarem.
Retomo minha caminhada e me movo rumo a uma direção desconhecida, onde enxergo uma luz muito forte.
 Logo ao chegar, vejo a cena de uma mulher sendo seguida, e morta com um punhal por seu próprio marido em uma rua deserta, perto da praia.
De repente, sinto uma dor incontrolável no peito, já cheio de sangue.
Queria poder ajudar aquela mulher...
Porém não existia vida em meu corpo, e aquela mulher... Sou eu.